Não tenho visto mais com frequência vestígios teus
Dias antes eles estavam sobre os meus cabelos
Espalhados sobre minha pele...
Tirando a ordem de todas as coisas do meu dia
Mas agora...
São mínimos os teus sinais sobre minha existência
Quase inexistentes eu diria
Nada [assim] que me incomode
Ou que me mova até você...
Não preciso mais...
Não temo mais
Ficou fácil dormir sozinha
Consigo sentir o gosto da comida
E a chuva e o frio não me assustam mais como antes
Agradeço quando vem o sol
Estendo no varal suas camisas mofadas
Teus cd's... Sua toalha de rosto
E suas manias perdoáveis
Vou dando um jeito nessa bagunça
Tirando a poeira da sua xícara de café
Ainda a pouco sobre a mesa... ao lado da minha
Abri as janelas
Essa casa e eu precisamos respirar mesmo sem você por perto
Tirei seu travesseiro da cama
Pra ter mais espaço pra sonhar
Acho que falta pouco
Falta teus olhos e teu sorriso se desfazerem na minha retina
E pronto...
Não haverá lembrança para habitar esse lugar
Não haverá mais você para meu coração resgatar
Você enfim... terá partido daqui...
2 comentários:
Tempo de recomeçar, de tirar sim o mofo, a comodidade da memória e do coração...As cicatrizes vão, aos poucos, não mais sangrando, os dias novos finalmente chegam, chegam curando!Lindo demais, Sil...
Bjo
anjoclandestino.blogspot.com
lindo demais seus poemas....me comovem...
"Falta teus olhos e teu sorriso se desfazerem na minha retina"
coisa complicada...mas com certeza vão se desfazer...e tudo será novo de novo...
meu abraço querida...
Zil
Postar um comentário