Meu "Sentir" tem cor e cheiro. Bebo vinho... Meus versos vivem...Tenho ilusões que respiram... E minhas linhas são veias! Derramo sensações e devaneios. Me ajusto e me asseguro no exagero.Vivo de tudo que é Vermelho!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Des - con - ten - ta - men - to...



Nem sei mais porque estou aqui. Não consigo mais tirar as palavras de dentro de mim. Me calei... Em absoluto e sintético silêncio. Estou em excesso de mim mesma. Transbordando. Necessidade absurda de me esvaziar. Suspirar, gemer e talvez chorar. É estranha essa sensação. Dessa imensidão que nada ocupa. Dessa dor eminente. Dessas tuas lembranças amontoadas nos meus cabelos. Dessas ausências tuas penduradas nas minhas mãos, como se fossem anéis enfeitando os meus dedos. Disso que restou de mim. Hoje eu sou um pedaço quebrado de nós dois. Fotografia rasgada ao meio. Casa abandonada... em ruínas. É tudo tão triste agora... desde quando você se foi, eu tenho bebido vinho e plantado morangos. Cultivado vermelhos como se fossem raros. E percebo que vermelhos são comuns. Tão comuns que nem se percebem. Nem sei mais porque ainda faço esforços para entender e ainda espero que em um dia de chuva você volte. Não reconheço mais limites entre razão e emoção. Tem dias que sou iceberg. Outros... vulcão em erupção. Cedo...  brisa fresca da manhã. À tarde... tempestade sem perdão. E como disse Fagner: Nada do que "posso" me alucina. Nem sei mais porque...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Olhos e línguas



Teus olhos nos meus
Nossos olhos...
Tua língua na minha boca
Nossas línguas...
Teu corpo aflito sobre o meu
Nossos corpos unidos
Inteiros e nus
Onde a intensidade deu um "nó"
Repousam todos os sonhos
Na [mais] crua realidade
Somos nós...
Tua vida na minha
E eu "perfeita" pra você
Meus olhos nos teus
Somos perfeitamente... proibidos!
Nossas bocas
Nossas línguas
Nossos corpos
Nesse mundo impuro
Somos agora...
Inocentes...