Meu "Sentir" tem cor e cheiro. Bebo vinho... Meus versos vivem...Tenho ilusões que respiram... E minhas linhas são veias! Derramo sensações e devaneios. Me ajusto e me asseguro no exagero.Vivo de tudo que é Vermelho!

domingo, 16 de dezembro de 2012

... Vinho e Azeitonas...

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                        
     Tua voz é a roupa da minha alma
E se não estás aqui para dizer-me qualquer coisa
Eu me sinto nua e com frio
Falta o calor das tuas palavras a me vestir de paz
Finda-se o encantamento de viver
E despida eu desenho tua imagem no meu desejo.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Existir... [depois]



E teus olhos me roubaram a paz
E tua pele me fez escrava
Minha vida presa as tuas retinas
Minha respiração dentro dos teus poros
Só assim agora eu poderei viver
Colada a ti...

terça-feira, 6 de novembro de 2012

...



Vai ver a vida é isso...

S E N T I R  T U A  F A L T A

By Silene Neves

Dia útil... Magia ou normalidade!?




O calendário não me importa mais
Sigo o tempo dos teus sinais
Meus olhos amam sua vida
Minha vida está dentro dos teus olhos
Estou aonde você respira
Vivo aonde você me sufoca
Um dia sem nome
Uma noite fresca
Minha boca queima
Sua pele arde
Somos um. Perdendo a metade
Somos dois. Separados pelas horas
Quantas avenidas para estarmos juntos outra vez?
Que me importa quando chega esse dia!?
Se tenho teu nome. Tradução dos meus sonhos
Se te tenho agora. Guardado em meus poros.

By Silene Neves

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Hoje cedo...



E um dia você acorda...
E tudo é passado
Não passou... Mas é passado
Viverás agora do mofo de todas as coisas que alguém deixou
Verás memórias nuas andando pela casa
Dormirás sem sono... com medo de ficar acordada
Suas mãos estendidas implorando [volta] não servirão pra nada e nem serão vistas
Não existem olhos sobre você
A solidão de um amor negado só tem braços e pernas paralisados

By Silene Neves

domingo, 22 de julho de 2012

O sabor dos teus olhos...




Teus olhos são uma estrada sem volta
De um horizonte branco
De uma promessa quebrada
Mais ainda são os teus olhos
Esses mesmos olhos transparentes
Que iluminam os meus

Teu corpo é um abismo de nuvens
E que no mergulho do desejo
Eu despejo meu perfume
Exalado dos poros dilatados
Do amor que meus olhos tem por ti
Esses mesmos olhos que tem medo de lhe ver partir

Nossos olhos misturados
Nossos corpos suados
A promessa agora cumprida
E eu iluminada vejo
Derramado o teu deleite
Em um horizonte agora
Vermelho e verde

domingo, 10 de junho de 2012

Outra vez Inverno...




Minha vida é te ver partir...
Por isso meus olhos ainda projetam sua imagem do outro lado da rua
Vejo seu carro parado próximo da minha casa e do meu trabalho
Seu perfume é a lembrança doce que me arrepia a pele
Tua voz e teu sorriso escondido são a saudade derramada nas tardes mornas de outono
Assim o tempo vai passando e te levando de mim
Feito o vento que leva as folhas mortas
Todos os dias... Eu te vejo partir...


By Silene Neves

sábado, 31 de março de 2012

Bilhete...





Eu não tive tempo de dizer...
Que você me fazia feliz!

By Silene Neves

sábado, 10 de março de 2012

Primaveras passadas...






Recordo-me com estranha alegria das nossas antigas primaveras
E após o longo e escaldante verão
Lateja a lembrança do inverno que uma vez surgiu doce entre nós
Nessa noite fresca e sem nome...
É impossível não ver as luzes vermelhas dos faróis dos carros [agora] enquanto volto pra casa
Mas ainda são as tardes o que mais me incomoda
As árvores parecem aguardar por tua chegada
Não se sustentam com os ventos de outono
Querem a brisa que os teus cílios causam
E eu quero a roupa que os teus braços me vestem
Mas... Tudo ainda é tão frágil... Recente...
E a saudade é uma palavra inaceitável
Teu cheiro está por dentro das folhas que caem
E eu bebo vinho... 
Debaixo dos mesmos velhos lençóis que guardam os nossos suores
E os nossos gemidos
Enquanto conservo as mãos estendidas sobre todas as coisas que você deixou


By Silene Neves

sábado, 3 de março de 2012

Vontade de ser...Senão pra sempre. Ao menos agora!



Outra vez eu queria ser 
Mais uma vez estrutura
 Essencial
Vertical
Como a água [que] mata a sede
Como o pão [que] mata a fome
Mais outra vez... Só mais essa vez!
Eu quis ser a fome que te devorava
Ser a sede que te matava...
Ser o inferno e o céu em que você pisava
Outra vez...
Antes que você fosse... Eu queria ser
Tudo que te faz [ser] e te sustenta


By Silene Neves

domingo, 29 de janeiro de 2012

Duplicidade...






Alinhada à minha dor
Está o meu prazer...
Te perder dói
Te querer me faz bem...


by Silene Neves

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hilda Hilst



Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se... se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tati Bernardi





Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade
Eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa...


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Marla de Queiroz



Às vezes é preciso dormir, dormir muito.
Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos.
Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida.
Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente.


sábado, 14 de janeiro de 2012

Pensei que preciso...



Deixe-me encostar sob teus braços
Ouvir o silêncio de árvores que possui teu abraço
Calmamente... Ficar ao teu lado...
Ouvir a respiração das tuas asas
Que trazem o som rasgado dos céus
Deixe-me aqui... A contemplar-te...
Muda e quieta
Me envolvendo nos aromas que você exala
Me confundindo nas cores que você revela
Deixe-me abrigar sob teu calor
Ver a vida sair de dentro de mim
Te tocar... E retornar com amor...
Deixe-me sentir
Deixe-me...
Nessa dependência absurda de te precisar
Escorrendo vinhos
Dos vermelhos inebriantes desse caminho
Retiro meus pés...
Me dou e me nego
Incontida nesse... "Te quero..."
Deixe-me invisível
Sem cor... Sem medida
Ocupando um pequeno traço
... Da tua vida...


by Silene Neves


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

...



O amor "hora" nos faz ácido demais...
 E o outro se torna gradativamente "tanto"...
 Passando a ser mais que nós...
 Muito maior do que fomos um dia.
 E para sermos "nós" não podemos mais viver sozinho
 O outro passa a ser o caminho


by Silene Neves

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Sobre tua falta...



Era só mais uma tarde...
Fria e chuvosa
E eu desenhei mais uma vez a sua volta
Te vi chegar...
Sério e sedento
Me vasculhando com os olhos
Me arrancando suor pelos poros
Pude sentir tuas mãos firmes apertando meus seios
E teus beijos me mordendo os lábios
Era só mais uma tarde
Feito outras... e mais outras...
E eu andei por entre as pessoas...
Por entre os carros...
Admirei vitrines...
Tive uma fome sem sentir fome
Voltei pra casa
Me recolhi...
Ninguém precisa saber que eu sofro
E choro...


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dias novos...

Não tenho visto mais com frequência vestígios teus
Dias antes eles estavam sobre os meus cabelos
Espalhados sobre minha pele...
Tirando a ordem de todas as coisas do meu dia
Mas agora...
São mínimos os teus sinais sobre minha existência
Quase inexistentes eu diria
Nada [assim] que me incomode
Ou que me mova até você...
Não preciso mais...
Não temo mais
Ficou fácil dormir sozinha
Consigo sentir o gosto da comida
E a chuva e o frio não me assustam mais como antes
Agradeço quando vem o sol
Estendo no varal suas camisas mofadas
Teus cd's... Sua toalha de rosto
E suas manias perdoáveis
Vou dando um jeito nessa bagunça
Tirando a poeira da sua xícara de café
Ainda a pouco sobre a mesa... ao lado da minha 
Abri as janelas
Essa casa e eu precisamos respirar mesmo sem você por perto
Tirei seu travesseiro da cama
Pra ter mais espaço pra sonhar
Acho que falta pouco
Falta teus olhos e teu sorriso se desfazerem na minha retina
E pronto...
Não haverá lembrança para habitar esse lugar
Não haverá mais você para meu coração resgatar
Você enfim... terá partido daqui...





domingo, 1 de janeiro de 2012

Frio resumo...

Era eu...
Vestida de alma e unhas vermelhas
E você...
De blusa verde... sem saber o que fazer
Fomos um...
Todas as vezes que nossos olhos se olharam
Isso sempre foi tudo que podíamos fazer: olhar...
Era eu...
Vestida de urgências e apelos
Despida de medo e precauções... Pronta!
E você... novamente sem saber o que fazer.
Eu fui [eu] tantas vezes... acho que todas as vezes!
E você... quem foi?
Alguém verde...
Tão verde... que nada foi
Me cansei de acariciar tua pele com meus olhos
E de beijar  tua boca em pensamento
Ainda ouço o som da chuva daquela tarde
Ainda ouço teus sinais
Eu [de] vermelho acreditei
E você [de] verde esqueceu do que prometeu
Agora sou
Aquilo que só meus olhos viram
E o que minhas mãos nunca sentiram
Sou a saudade do que não foi vivido
Sou essa estranha dor
Por não poder te olhar mais como eu fazia
... Todos os dias...
Agora sou verde como você
Na sua falta...
Não sei o que fazer!