Meu "Sentir" tem cor e cheiro. Bebo vinho... Meus versos vivem...Tenho ilusões que respiram... E minhas linhas são veias! Derramo sensações e devaneios. Me ajusto e me asseguro no exagero.Vivo de tudo que é Vermelho!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sim...




Me abrace sem medo
Me olhe sem escudos
Me toque sem previsões
Me retenha...
Se entregar também é coragem.

domingo, 25 de dezembro de 2011

23 de Dezembro...



Ela subiu pela última vez aquela escada
E enquanto olhava para o alto daqueles degraus
Sentia seus sonhos em silêncio...
O que havia acontecido?
Perguntava seu coração acelerado
Éramos felizes aqui...
Vamos embora mesmo?
E ela... com o choro entalado na garganta
Tentou ser forte mais essa vez
A chuva ameaçava cair
O céu vestiu-se de cinza
Nem um pouco... aconchegante.
E o vento queria dizer algo:
Hora de ir! Hora de ir!
Então... Com punhos de aço para não vacilar...
Ela esvaziou o armário
Uma escova de dente e uma pasta dental vencida
Pronto! Só isso!
Respirou fundo...
Faltava ar em seus pulmões
No espelho... Olhos Vermelhos
E a promessa de não chorar?
Quebrada ao meio...
Meio choro... meio sorriso
Meio desespero...
De quem procura força para continuar
No caminho de volta
Ela contabilizava ganhos e perdas
Expectativas e frustrações
Entrando em casa...
Desejou que aquele dia terminasse logo
Decidiu tomar um banho quente
Lavou os cabelos como quem precisa lavar a alma
Indo dormir a saudade já fazia sinais
De tudo...
Ainda ficou um amor para recordar
E promessa de flores...
Soltas no ar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cicatriz




Sua boca marcada.....
Ainda é meu abismo
E marcada minha carne está
Pela falta que tu me fazes
Pela tempestade que teus olhos me causam
Ferida aberta...
As horas levam os dias lentamente
E eu tento me mover
Mas...
Ainda permaneço inerte
A dor anestesiou meu sentir
Fazendo de tudo...
Falsa cicatriz

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Depois de ti...



Minha [falsa] paz roubada em uma troca de olhar
Minhas emoções assaltadas de dentro dos meus olhos
Invasão... tempestade... caos... confusão
É sua imagem desenhada na minha retina
É seu nome que pula pela garganta
Se agita... trepida....
E minhas mãos te procuram
Mais uma noite sem dormir
Assim...
Eu tenho vivido...
Sobrevivendo
Sem você.

...



Quem...
Em prol da sua boa reputação
Não se sacrificou já uma vez
A si próprio?...

Friedrich Nietzsche

sábado, 10 de dezembro de 2011

Emoções tardias...



E eu que acreditei
Que ainda não era o momento de chorar
Mas... antecipadamente
As lágrimas me vieram fáceis
E quando eu pude sentir que já chorava
Tive que admitir
Que o pranto estava atrasado
Velho e embaçado
Faltava acreditar
Que já havia acabado

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Decepção...



Tosco...
Perfeitamente assim...
Naturalmente
Como você nasceu....
Agora permanece e continua... sem polir
E sem lapidar
Rude e bruto
Como quem veio da terra
De raízes e folhas soltas
Como quem possui asas
Voa sobre minhas águas vermelhas
Mergulha com destreza
Habilidade deslavada
No meu íntimo e proibido ser e estar
Agora estou...
 E ainda o imagino doce e viril
Adiante das ilusões do meu pobre coração
Você está distante demais
Do que eu sou
 E do que eu preciso

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Secretamente...



Disfarço as verdades guardadas de você
Que em silêncio
Nascem de dentro dos meus olhos
Se movimentando pelo meu corpo
Insistentes na busca incansável das minhas mãos
Nas pontas dos meus dedos, no meio da palma
Entre minhas cutículas
Enquanto crescem minhas unhas
Enquanto dorme a alma
Acorda e pede calma
Sob fantasias vermelhas
Plumas e confetes
Que se resvalam do fundo dos meus poros dilatados
E se derramam...
Feito tintas
Feito vinhos...
Tingindo
As manhãs dos meus dias
Inundando
As minhas noites mal vestidas
Minhas madrugadas despidas
Assim...
Eu tenho te amado...